7 OS VIESES COGNITIVOS DAS DECISÕES JUDICIAIS
KUNHEN, Kethelen de Andrade; OLIVEIRA, Lucas Paulo Orlando de
Palavras-chave:
Decisão. Imparcialidade. Psicologia.Resumo
O presente artigo científico se perfaz com o objetivo de promover conhecimento aos leitores em relação aos caminhos tomados por parte dos julgadores a fim de que se obtenham decisões judiciais em conjunto com a imparcialidade destes. Desse modo, discute-se sobre a possibilidade de que se mantenha uma relação íntima entre os dois principais pontos, ora denominados imparcialidade e decisão. Parte-se do ponto de vista de que os indivíduos são seres dotados de opiniões próprias e emoções recolhidas ao longo da vida e de que, nesse sentido, não haveria um meio que assegure que os princípios adquiridos por meio de suas experiências não seriam considerados como forma de auxílio nas decisões. Portanto, pontua-se que, utilizada como critério de imenso valor, a imparcialidade é um elemento incontrolável – o que faz surgir, frequentemente, dúvidas quanto ao seu eminente e necessário emprego para uma valoração das decisões. Sob essa perspectiva, realizou-se um estudo bibliográfico qualitativo que conecta a Psicologia Jurídica e o Direito propriamente dito. Dessa maneira, a finalidade deste artigo é a demonstração de que, ainda que os julgadores se encontrem com a referida função, não há um desmembramento da parte emocional – intrínseca ao sujeito – que, por ora, é exigido para afastar a iniquidade